Tais medidas, conhecimentos e regras, estão estabelecidas no Anexo 1, da Norma Regulamentadora 15 (NR 15), já estudada aqui em nosso curso, que fala sobre atividades e operações insalubres.
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Ruído contínuo ou intermitente
Outra definição de ruído contínuo é aquele que não é de impacto, e o ruído de impacto é aquele que dura menos de 1 segundo, e é intercalado com pausas que dura mais de um segundo.
Exemplo de ruídos contínuos ou intermitentes é um barulho de sirene, uma serra elétrica e máquinas pesadas, em uma indústria ou fábrica por exemplo, que costumam funcionar 24h por dia.
A máquina de cortar pisos e azulejos, mostrada na capa deste artigo de nosso curso, também é do tipo de ruído contínuo.
Tempo máximo de exposição aos ruídos
Visando preservar a saúde física e mental dos trabalhadores, foi criada (Portaria no 3.214, de 08/06/78) uma tabala que mostra o tempo máximo de exposição que um trabalhador deve ficar sob determinado ruído, que depende de seu Nível de Pressão Sonora (NPS), medidos em dB segundo a curva de compensação A:
Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
A tabela não acaba em 115 decibéis à toa, é porque acima desse nível os ruídos podem ser extremamente prejudiciais ao trabalhador, só sendo permitido trabalhar sob tais condições com equipamentos especiais de proteção, que estudaremos em breve, nesta seção de Riscos Físicos de nosso curso.
Caso o trabalhador fique exposto a ruídos de NPS diferente, o efeito equivalente é aquele realizado pelos cálculos de adição de NPS, que veremos a seguir.
Lembrando que o que importa é o valor equivalente das fontes combinadas, pode ser que o trabalhador esteja exposto a um ruído de NPS maior que 115dB por pouco tempo, e depois fique exposto a ruído mais fraco, por mais tempo. E o efeito resultante do combinado é o que importa, e pode ser menor que 115dB, embora o trabalhador tenha se submetido a um NPS acima de 115 dB..
Pode ser também que um trabalhador fique exposto a um ruído não muito forte, mas durante muito tempo (acima do recomendado, pela tabela) o efeito equivalente pode ultrapassar o efeito de uma fonte de 115 dB (durante pouco tempo).
Para não haver dúvidas, existem fórmulas matemáticas para garantir a preservação da saúde do trabalhador.
$$ D = \frac{C_1}{T_1} + \frac{C_2}{T_2} + \frac{C_3}{T_3} + ... + \frac{C_n}{T_n} $$
Os "C" representam o tempo que trabalhador ficou exposto a determinada fonte de ruído.
E o "T" dessa mesma fração, é o tempo máximo permissível, aquele da tabela apresentada.
Note que eles devem estar sempre nas mesmas unidades de medida (ou seja, ambos em horas ou ambos em minutos).
Para saber se o efeito de diversas fontes (seja porque o trabalhador está submetido a mais de uma ao mesmo tempo, ou porque se deslocou e teve contato com mais de uma fonte) é prejudicial ou não, a dose resultante deve ser menor ou igual a 1, ou seja:
$$ \frac{C_1}{T_1} + \frac{C_2}{T_2} + \frac{C_3}{T_3} + ... + \frac{C_n}{T_n} \leq 1$$
Repetindo: a soma dessas frações deve dar menor ou igual à 1 (um) para que o resultado equivalente das fontes não seja prejudicial ao trabalhador. Caso dê maior que 1, o ambiente é insalubre por conta dos ruídos.
Porém, as vezes é necessário saber qual o valor equivalente do ruído em dB (decibéis).
Para isso, usamos a fórmula da LEQ (Nível Equivalente de Ruído):
$$ LEQ = \frac{\log{D} + 5,117}{0,06} $$
E se o NPS local der 84dB, 116dB ou 99,9 dB? Esses valores não estão na tabela.
Para esses casos, usamos a seguinte fórmula, que nos fornece o tempo T máximo permissível:
$$ T = \frac{16}{2^{\frac{NPS - 80}{5}}} $$
Ou seja, para qualquer valor de NPS de um ambiente, saberemos qual o tempo máximo que o trabalhador pode ficar exposto a tal fonte sonora, sem que haja danos à sua saúde.
Ou seja, se você sabe quanto tempo um trabalhador vai ficar exposto a um ambiente, qual seria o valor máximo de NPS que aquela fonte deve ter, para que o trabalhador não seja prejudicado.
Esse NPS é dado pela seguinte fórmula:
$$ NPS = 5.\frac{\log{\frac{16}{T}}}{\log{2}} + 80 $$
A tabela não acaba em 115 decibéis à toa, é porque acima desse nível os ruídos podem ser extremamente prejudiciais ao trabalhador, só sendo permitido trabalhar sob tais condições com equipamentos especiais de proteção, que estudaremos em breve, nesta seção de Riscos Físicos de nosso curso.
Caso o trabalhador fique exposto a ruídos de NPS diferente, o efeito equivalente é aquele realizado pelos cálculos de adição de NPS, que veremos a seguir.
Lembrando que o que importa é o valor equivalente das fontes combinadas, pode ser que o trabalhador esteja exposto a um ruído de NPS maior que 115dB por pouco tempo, e depois fique exposto a ruído mais fraco, por mais tempo. E o efeito resultante do combinado é o que importa, e pode ser menor que 115dB, embora o trabalhador tenha se submetido a um NPS acima de 115 dB..
Pode ser também que um trabalhador fique exposto a um ruído não muito forte, mas durante muito tempo (acima do recomendado, pela tabela) o efeito equivalente pode ultrapassar o efeito de uma fonte de 115 dB (durante pouco tempo).
Para não haver dúvidas, existem fórmulas matemáticas para garantir a preservação da saúde do trabalhador.
Efeito combinado de fontes de ruídos (Dose equivalente)
A dose é um valor numérico que é dado pela seguinte equação:$$ D = \frac{C_1}{T_1} + \frac{C_2}{T_2} + \frac{C_3}{T_3} + ... + \frac{C_n}{T_n} $$
Os "C" representam o tempo que trabalhador ficou exposto a determinada fonte de ruído.
E o "T" dessa mesma fração, é o tempo máximo permissível, aquele da tabela apresentada.
Note que eles devem estar sempre nas mesmas unidades de medida (ou seja, ambos em horas ou ambos em minutos).
Para saber se o efeito de diversas fontes (seja porque o trabalhador está submetido a mais de uma ao mesmo tempo, ou porque se deslocou e teve contato com mais de uma fonte) é prejudicial ou não, a dose resultante deve ser menor ou igual a 1, ou seja:
$$ \frac{C_1}{T_1} + \frac{C_2}{T_2} + \frac{C_3}{T_3} + ... + \frac{C_n}{T_n} \leq 1$$
Repetindo: a soma dessas frações deve dar menor ou igual à 1 (um) para que o resultado equivalente das fontes não seja prejudicial ao trabalhador. Caso dê maior que 1, o ambiente é insalubre por conta dos ruídos.
Nível Equivalente de Ruído ( LEQ)
Com a equação da dose (D), podemos checar se os ruídos resultantes serão prejudiciais e caracterizarão um ambiente insalubre ou não.Porém, as vezes é necessário saber qual o valor equivalente do ruído em dB (decibéis).
Para isso, usamos a fórmula da LEQ (Nível Equivalente de Ruído):
$$ LEQ = \frac{\log{D} + 5,117}{0,06} $$
Tempo de jornada máximo permissível
Mostramos na tabela o tempo máximo permissível que um trabalhador deve ficar, que depende do NPS do local. Porém, mostramos apenas alguns valores.E se o NPS local der 84dB, 116dB ou 99,9 dB? Esses valores não estão na tabela.
Para esses casos, usamos a seguinte fórmula, que nos fornece o tempo T máximo permissível:
$$ T = \frac{16}{2^{\frac{NPS - 80}{5}}} $$
Ou seja, para qualquer valor de NPS de um ambiente, saberemos qual o tempo máximo que o trabalhador pode ficar exposto a tal fonte sonora, sem que haja danos à sua saúde.
NPS para um tempo máximo permissível
Na fórmula passada, vimos como calcular o tempo máximo que um trabalhador pode ficar exposto, em qualquer nível de NPS. Agora vamos fazer o contrário.Ou seja, se você sabe quanto tempo um trabalhador vai ficar exposto a um ambiente, qual seria o valor máximo de NPS que aquela fonte deve ter, para que o trabalhador não seja prejudicado.
Esse NPS é dado pela seguinte fórmula:
$$ NPS = 5.\frac{\log{\frac{16}{T}}}{\log{2}} + 80 $$
Um comentário:
é um canal que facilita o estudo, gostei!!!
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