Outros sistemas de proteção (SPCIP): Hidrantes, sistema predial, detecção, iluminação, alarmes, plano de fuga e EPI

Como o sistema de proteção contra incêndio mais importante, popular e conhecido são os extintores de incêndio, dedicamos a aula passada de nosso curso de Segurança do Trabalho inteiramente à eles.


Agora, neste artigo, iremos falar de outros importantes sistemas de proteção contra incêndio e pânico, como hidrantes, sistema preventivo predial

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Outros sistemas de proteção contra incêndio e pânico

O objetivo de todo profissional da área de Segurança do Trabalho é evitar, ao máximo, a existência de acidentes.

Sim, ao máximo, pois é um fato (infeliz) que: sempre irão ocorrer acidentes.
Não se pode trabalhar assumindo que algum acidente ou incêndio nunca irá acontecer. Por mais que se invista nisso, eventualmente algo ocorrerá.

E por conta disso se faz necessário o uso de sistemas e medidas para caso ocorra o incêndio.
É preciso avaliar, treinar e educar os funcionários para um eventual acidente, e essa capacitação envolve todos os estágios: detecção do incêndio, combate ao fogo, como sair do local e como sobreviver caso esteja em um ambiente que está pegando fogo.

Visando estudar isso, vamos estudar nesta aula de nosso curso outras maneiras de combate ao incêndio, bem como dar orientações do que deve ser feito em caso de incêndio.

Hidrantes

Depois dos extintores de incêndio, os hidrantes são, provavelmente, o outro sistema de combate ao incêndio mais conhecidos pelas pessoas, que são aqueles dispositivos, geralmente vermelhos, que ficam nas ruas de uma cidade.

Embora sejam populares, geralmente só são manuseados por profissionais como os Bombeiros.
Isso vai depender do tipo de hidrante, e o local em que ele é usado.

Os hidrantes tem a característica de permitir um maior fluxo de água, sendo seu uso indicado em casos mais graves de incêndios.

Há, basicamente, três tipos de hidrantes:

Hidrantes de coluna urbano (barbará)

Os modelos mais comuns, encontrados nas ruas, são os Hidrantes de Coluna Urbano, também conhecidos por Barbará, que possui uma conexão com o sistema de água local (de saneamento da cidade).

Este hidrante está representado na primeira figura desta aula de nosso curso.

Hidrante Industrial

Hidrante industrial

É como o hidrante urbano, porém de propósito privado.
Geralmente encontrado em grandes fábricas e indústrias, que necessitariam de um esquema maior de combate em caso de incêndio.

Hidrante de parede

Hidrante de parede

Também muito utilizado em prédios e vários tipos de edificações, os hidrantes de parede também são muito comuns nos SHP (Sistemas Hidráulicos Preventivos), e podem ser usado tanto pelos funcionários (Brigada de Incêndio) como pelos bombeiros, devido sua facilidade de uso.

Essas caixas possuem mangueira, esguicho e geralmente estão dispostas em cada andar. Podem ser usadas tanto para pequenos focos de incêndio, como para auxiliar em casos mais graves.

Mangueira, Esguicho e Válvula

Aliás, tanto as válvulas, mangueiras e esguichos podem ser usados em diversos outros tipos de sistemas de combate ao incêndio:

Outros mecanismos de combate ao incêndio

Sistema Predial de Prevenção

Nesse tipo de sistema de prevenção, deve existir algum meio de se armazenar água (geralmente caixas d'água) no topo do prédio, com uma quantidade mínima (R.T.I, a Reserva Técnica de Incêndio) de água.

Essa água é levada para os andares inferiores através de encanação, onde a água é distribuída nas Caixas de Incêndio, que existem em todos os andares, onde há uma mangueira.

Detecção e Alarme
Tão importante como saber como combater um incêndio e ter recursos para isso, é ter a ciência que o incêndio está ocorrendo.

Não é à toa que sistemas de detecção de fogo e fumaça, bem como um sistema de alarme para toda a empresa, são sistemas essenciais e que salvam milhares de vidas todos os dias.

Existem dois tipos de alarmes, os automáticos, onde uma sirene dispara e deve ser audível (e visível, para deficientes) todos os andares e setores do local, e os alarmes manuais, onde qualquer pessoa pode acionar no momento que quiser.

Sistema de saída e iluminação

Após detecção do fogo/fumaça e ativação do alarme, se o combate ao fogo for ineficaz, ou for tão grave que somente profissionais do Corpo de Bombeiros se tornem responsáveis pela ação, será necessário que as pessoas se retirem do local.

E como já explicamos, incêndio é uma situação de pânico, onde as pessoas ficam nervosas e não costumam agir com cautela nem com calma.

E é exatamente por isso que toda empresa deve possuir um sistema claro de saída, com corredores iluminados, sinalização mostrando por onde as pessoas devem sair, em cada andar e/ou setor. Obviamente, as vias de acesso da saída devem ser largas e que aguentem um intenso tráfego de pessoas.

Por conta da gravidade da situação e do rápido alastramento do fogo, se faz necessário várias vias e rotas de fuga, que devem incluir mais de uma saída, escadas, elevadores, rampas etc.

A iluminação destas vias não deve depender diretamente do sistema elétrico local, que pode ser afetado por conta do incêndio. Se faz necessário, também, alguns sistemas que visam isolar áreas e impedir que o fogo se alastre, como Portas Corta-fogo, que além de evitar que as chamas e fumaças se espalhem, devem ser altamente resistente ao calor (no mínimo até que os Bombeiros cheguem ao local).

Nenhum desses acessos deve ser fechado, lacrado ou ser de difícil acesso.

Em um momento de emergência, todos são e devem ser tratados de maneira igual, desde o responsável pela limpeza até o dono do estabelecimento.

Sistema de evacuação (abandono de área)

Os profissionais de Segurança do Trabalho devem possuir sempre um sistema de emergência definido para o caso de evacuação, que deve levar em conta o local, setores, saídas de emergência e tudo mais que existir no ambiente de trabalho.

As principais orientações para caso de abandono de área durante incêndio, são:

• Ter um plano de evacuação previamente estudado
• Todos devem ter participado do treinamento de tal plano
• Todos devem conhecer a localização de extintores, hidrantes, SHP, saídas de emergência e demais recursos de combate e proteção
• Orientar e educar os trabalhadores
• Mostrar que manter a calma é essencial para a preservação da vida
• Evitar usar elevadores e demais dispositivos elétricos, sempre prefiram escadas e rampas
• Tentar acalmar quem estiver nervoso, em pânico e fora de si
• Nunca pular de janelas ou sacadas. Mesmo que você venha a desmaiar por conta da fumaça, ainda poderá ser resgatado com vida.
• Abrir janelas e vidraças que dão acesso ao ambiente externo, para a circulação da fumaça
• Jamais entrar em um local onde ocorre incêndio, somente profissionais treinados devem fazer isso.
• Respirar próximo do solo, se houver fumaça

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para combate ao fogo e incêndios

Obviamente, os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) são um importante sistema de proteção, contra qualquer tipo de risco e incidente, incluindo incêndio.

Existem EPIs para a cabeça, que devem proteger os olhos do calor e iluminação do fogo, o rosto, pescoço e couro cabeludo contra as chamas e respingos.

É comum o uso de EPI para a proteção contra o calor, em todo o corpo, bem como para acidentes, riscos físicos e químicos, pois durante um incêndio há liberação de gases, vapores, além das estruturas físicas dos locais se tornarem mais frágeis.

Porém, o uso mais comum dos EPIs são os chamados Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR), que visam proteger os trabalhadores dos piores males em caso de incêndio: fumaça e gases.

Os principais EPR são as máscaras, que irão filtrar os gases e outros agentes nocivos, e aparelhos de respiração, que geralmente possuem mangueira e um estoque de ar próprio.